CACURIÁ DO MARANHÃO

CACURIÁ

DO MARANHÃO

Ouça o podcast com as crianças do 1º ano explicando



O Cacuriá surgiu no início dos anos 1970 no Maranhão e sua criação é geralmente atribuída a Seu Lauro – folclorista maranhense, e difundida e popularizada por todo o Brasil pelo grupo de cacuriá de Dona Teté e pelo mestre de cultura popular Tião Carvalho. O cacuriá, que se derivou do carimbó, se brinca ao final da festa do Divino Espírito Santo, após a derrubada do mastro e durante o “lava-pratos”, as caixeiras leva para a folia aqueles que se dedicavam durante todo o festejo a louvar ao Divino e seu Império através de seus toques de caixa e seus versos cantados. A festa do divino é considerada uma das manifestações culturais mais importantes do Maranhão que ocorre no dia de Pentecostes, sete semanas após a Páscoa, com a intenção de celebrar o dia em que o Espírito Santo teria descido para encontrar os doze apóstolos. Muito embora a Festa do Divino pareça uma comemoração cristã, no Maranhão ela é bastante sincrética (mistura popular de diferentes crenças) ao apresentar elementos católicos e de religiões africanas. Durante a festa, várias danças são apresentadas como o Tambor de Crioula e o Carimbó. Após a apresentação do Carimbó, foi introduzido o Cacuriá como a parte profana. Inicialmente restrito ao brincante adulto, foi, aos poucos, integrando as crianças que passaram a participar do cacuriá com danças mais lúdicas e apropriadas a elas. Tião Carvalho e Ana Maria Carvalho, contribuíram na construção e transposição do cacuriá voltado à educação, ressignificando suas músicas e criando outras, com o foco no brincar, na apropriação  e preservação da cultura oral, no desenvolvimento da musicalidade, ritmo e consciência corporal, essenciais na infância.

Dona Teté

Dama da cultura popular maranhense


 Eu sou eu sou eu sou

Eu sou jacaré boiô

Sacode o rabo jacaré

Sacode o rabo jacaré

Eu sou jacaré boiô

Composição de Dona Teté.



Almerice da Silva Santos (São Luís, 27 de junho de 1924 –– São Luís, 10 de dezembro de 2011), mais conhecida como Dona Teté, foi uma compositora e cantora brasileira. Detém o título honorável de dama da cultura popular maranhense. É conhecida pelo seu famoso cacuriá.
Mas de onde vem o cacuriá?
Seu Lauro, criador do cacuriá, nunca disse o seu significado, porém muitos associam o nome cacuriá a uma pássaro.
Dona Teté, reconhecida com a autoridade da maior representante da brincadeira, explicou assim: “Só ele sabia o que é que significava cacuriá, mas nunca disse. Morreu sem dizer. Pra mim é o nome de um pássaro. Não sei... Mas fica sendo”. O termo ‘curiar’ no Maranhão indica a curiosidade de alguém, que vem ‘curiar’ alguma coisa. 

Dona Cecília, antiga caixeira de Seu Lauro e de Dona Filomena, contou uma versão que também remetia a uma ave. Disse que conhecia uma senhor que teria ido ao povoado de Baiacu com Seu Lauro e que estes haviam decidido, após terem participado de uma carimbó de caixa, criar a brincadeira nova, a partir daquela. Então o estavam reunidos embaixo de uma árvore, decidindo qual seria o nome da brincadeira. De repente, teria chegado uma ave e pousado sobre esta árvore, bem próximo a eles, ao que alguém teria dito, ‘o que esse passarinho veio cá, curiar?’, e daí teria surgido o nome.  

CACURIÁ DO MARANHÃO Revisado por Gil Miri em 10:55 Classificação: 5

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