COCO PERNAMBUCANO


COCO

PERNAMBUCANO



Dança típica das regiões praieiras é conhecida em todo o Norte e Nordeste do Brasil. Alguns pesquisadores, no entanto, afirmam que ela nasceu nos engenhos, vindo depois para o litoral. A maioria dos folcloristas concorda, no entanto, que o coco teve origem no canto dos tiradores de coco, e que só depois se transformou em ritmo dançado. Há controvérsias, também, sobre qual o estado nordestino onde teria surgido, ficando Alagoas, Paraíba e Pernambuco como os prováveis donos do folguedo.
O coco, de maneira geral, apresenta uma coreografia básica: os participantes formam filas ou rodas onde executam o sapateado característico, respondem o coco, trocam umbigadas entre si e com os pares vizinhos e batem palmas marcando o ritmo. É comum também a presença do mestre"cantadô" que puxa os cantos já conhecidos dos participantes ou de improviso. Pode ser dançado com ou sem calçados e não é preciso vestuário próprio. A dança tem influências dos bailados indígenas dos Tupis e também dos negros, nos batuques africanos. Apresenta, a exemplo de outras danças tipicamente brasileiras, uma grande variedade de formas, sendo as mais conhecidas o coco-de-amarração, coco-de-embolada, balamento e pagode.
Os instrumentos mais utilizados no coco são os de percussão: ganzá, bombos, zabumbas, caracaxás, pandeiros e cuícas. Para se formar uma roda de coco, no entanto, não é necessário todos estes instrumentos, bastando as vezes as palmas ritmadas dos seus participantes e um pandeiro. O coco é um folguedo do ciclo junino, porém é dançado também em outras épocas do ano. Com o aparecimento do baião, o coco sofreu algumas alterações. Hoje os dançadores não trocam umbigadas, dançam um sapateado forte como se estivessem pisoteando o solo ou em uma aposta de resistência. 
O ritmo contagiante do coco influenciou muitos compositores populares como Chico Science e Alceu Valença, e até bandas de rock pernambucanas. O sucesso de Dona Selma do Coco, acompanhada por gente de todas as idades, mostra a importância do velho ritmo, que vem sendo resgatado no Nordeste do Brasil.

Dona Selma do Coco

Patrimônio da cultura de Pernambuco


Encantou-se, virou estrela

Mulher negra guerreira

É a nossa Rainha do Coco

Que um dia foi Selma Ferreira.


( Rainha do Coco. Williams Santana, o Chicó da Burra).



Selma Ferreira da Silva (Vitória de Santo Antão, 10 de dezembro de 1935 - Paulista, 9 de maio de 2015), conhecida como Dona Selma do Coco ou simplesmente Selma do Coco, foi uma cantora e compositora brasileira. 

Desde criança Selma entrou em contato com a música tradicional pernambucana,  especialmente o coco de roda, nas festas juninas que frequentava acompanhada de seus pais.

Viveu no interior até os dez anos, quando a família veio morar em Recife onde ainda muito jovem se casou. Selma Viveu por 15 anos no bairro da Mustardinha, no Recife e depois quando ficou viúva aos 30 anos, foi morar em Olinda onde passou a vender tapioca.
No intuito de atrair os fregueses começou a cantar o coco, assim encantava os turistas e aumentava as vendas. A mulher batalhadora e otimista nas horas de folga passou a organizar rodas de coco.

Foi Chico Science e os demais jovens do movimento Manguebeat, que descobriram nos anos 90  a irreverência de Selma e começaram a elogiar suas músicas. Assim, a artista  passou a se tornar mais conhecida e a se apresentar em festas populares onde vendia fitas cassete gravadas com suas músicas.
O festival Abril Pro Rock do ano de 1996 marcou a primeira  apresentação de Selma do Côco para um grande público que provocou instantaneamente uma guinada radical em sua carreira artística. 






COCO PERNAMBUCANO Revisado por Gil Miri em 11:11 Classificação: 5

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